A notícia foi avançada pela Lusa e pela Academia Portuguesa de Cinema. “É com enorme tristeza que comunicamos o falecimento de Patrícia Saramago. O seu desaparecimento, inesperado e prematuro, assinala uma perda profunda para o cinema português”, lê-se. Patrícia Saramago dedica-se sobretudo à montagem cinematográfica, tendo-se formado na Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1993 e 1996. Era discreta mas descrita como “vital” atrás das câmaras.
Patrícia nasceu em Lisboa, em 1975, o ano pós-Revolução. O seu desaparecimento é prematuro e inesperado, não sendo ainda conhecida a causa de morte. Também a produtora Cedro Plátano lamenta a sua morte. “A Cedro Plátano manifesta o seu pesar pelo falecimento de Patrícia Saramago, montadora de enorme talento e sensibilidade. Recordamos com gratidão o seu contributo nos filmes que nós produzimos e a marca que deixou no cinema português. Que a sua memória permaneça viva através do trabalho e das pessoas que tocou. Obrigado, Patrícia! Até Sempre”.
Patrícia Saramago é referenciada por várias produtoras nacionais e internacionais e em festivais de cinema como o francês Chéries Chéris ou o espanhol Márgenes. Bem como em páginas de cineastas como a do brasileiro Aly Muritiba.
Entre os seus inúmeros projetos, estão "No Quarto de Vanda" (2000) e "Ne Change Rien" (2009), de Pedro Costa; "Frágil Como o Mundo" (2001) e "A Portuguesa" (2018), de Rita Azevedo Gomes; "Com Que Voz (2009), de Nicholas Oulman; "Estive em Lisboa e Lembrei-me de Você" (2015), de José Barahona; "Vadio - I Am Not a Poet", de Stefan Lechner; "Kutchinga" (2021), de Sol de Carvalho e ainda este ano, na curta "Les Habitants" (2025), de Maureen Fazendeiro.