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Beleza

Alimentação perfeita para o yoga e a meditação

"Comer orgânico é um verdadeiro acto de ahimsa, de amor por nós próprios e pelo mundo em que vivemos." Conheça os conselhos de Filipa Veiga, professora de yoga e autora do blogue YOGA-ME.

09 de agosto de 2016 às 07:00 Filipa Veiga

Há uma frase que gosto de reproduzir: «Se praticares yoga uma vez por semana, mudas a mente, se praticares duas vezes, mudas o corpo, se praticares todos os dias, mudas a vida».

Pergunta, o que pode mudar? Tudo, a forma de viver, conviver, reagir, pensar.

E como acontece esta transformação? Ao encontrarmo-nos no tapete todos os dias para a prática, vamos sintonizando a nossa maneira de ser com o corpo e com a mente, vamos percebendo melhor como somos. Preguiçosos ou persistentes, flexíveis ou rígidos, fortes ou mais frágeis.

Depois desta tomada de consciência, é possível mudar para melhor. Sabemos a boa hora para acordar, os amigos com quem queremos estar, os livros e os filmes que gostamos de ler e de ver.

O que comemos não é exceção. Com o yoga, o corpo torna-se mais sensível e despertamos para os efeitos do que ingerimos. A prática é uma limpeza e, quanto mais livres de toxinas, mais repudiamos certos alimentos. E também certas situações ou relacionamentos.

Será que se pode afirmar que existe uma alimentação perfeita para os praticantes de yoga? 

Se a prática é uma busca de paz interior, de luz, de equilíbrio e de felicidade, o lógico é escolhermos alimentos que nos trazem essas qualidades.

E que alimentos são os mais adequados à prática de yoga e de meditação?

 

            •          Frutas frescas e de estação

            •          A maior parte dos vegetais, sobretudo quando frescos ou cozidos

            •          Grãos, sementes e nozes

            •          Leite e queijos frescos orgânicos

            •          Adoçantes naturais, como mel

            •          Óleos extra virgens, como o azeite ou de coco

            •          Especiarias, ervas doces e picantes suaves: gengibre, canela, cardamomo, cúrcuma, funcho, coentros e manjericão. 

 

Mas convém não esquecer que estes alimentos devem ser cozinhados com amor e conscientemente.

Esta escolha está relacionada com princípios éticos, que são o pilar que sustenta a prática de yoga. Um dos mais importantes é a himsa, a prática de não violência. Esta é uma das principais razões que levam os yogis a serem vegetarianos, porque acreditam que um alimento produzido pela morte e dor de um animal não pode trazer paz nem tranquilidade.

Não tomo partido sobre este assunto, mas gostaria de advertir que, se a sua alimentação incluir animais, convém estar desperto para a forma como estão a ser criados. Ir ao supermercado e comprar o que está nas prateleiras sem se questionar é uma opção inadequada aos tempos que correm. E vai causar-lhe problemas de saúde com o passar do tempo.

É bom refletir. Em que condições foram criados os animais que deram a carne, o leite e os ovos que quer ingerir? A realidade do animal farming não pode ser ignorada, e, portanto, o ideal é comer orgânico. Aqui chegamos sempre ao argumento, falso, de que tudo o que é orgânico émais caro e não é acessível a todas as bolsas. Está na hora de nos perguntarmos por que há comidas tão baratas e que consequências têm na nossa saúde a longo prazo. As doenças de coração, diabetes, obesidade e cancro que hoje existem são 90% causadas pela alimentação. E a fatura paga-se nos hospitais... Coma menos, mas coma melhor. Coma menos proteínas - não precisa de carne nem de peixe todos os dias - e de boa qualidade.

Comer orgânico é um verdadeiro acto de ahimsa, de não violência, de amor por nós próprios e pelo mundo em que vivemos.

 

Filipa Veiga, professora de yoga e autora do blogue Yoga-me.

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