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A última prática na berra entre as bloguistas de moda americanas? Reduzir o seu guarda-roupa a uma "cápsula" de uma trintena (OK, não serão poucas, mas estamos a falar de fashionistas) de peças indispensáveis que se conjugam perfeitamente entre si. Nas redes sociais pululam os posts How to create a capsule wardrobe?, com uma pequena lista visual bem ordenada e bastante atrativa. Mesmo que, pessoalmente, não achemos que dez pares de sapatos constituam o mínimo vital, o movimento nasce de uma aspiração mais geral. Trata-se de voltarmos a concentrar-nos nos "essenciais" (as nossas mães diziam "?intemporais") que desintoxicam os nossos roupeiros das suas gorduras excessivas, isto é, todas as peças – compradas num dia de neura ou sob a influência de alguma substância – que vestimos uma vez (se tanto).
Sinal de que é "a" nova atitude? A própria Garance Doré ofereceu recentemente ao seu clube de fãs o relato comovente (sob o título Everything must go) da purga feita no seu guarda-roupa. De resto, a profissão de "polícia de roupeiro" está em franco desenvolvimento: assim, a conselheira de estilo Isabelle Thomas propõe-se "selecionar, eliminar sem apelo nem agravo" e "revisitar as peças abandonadas" sob a sua doce mas implacável palmatória (leia aqui).
Muitas casas prosperam também no domínio do belo básico, que já não é visto como sensaborão, mas como moderno e justo. A MaisonStandards, em França, a Everlane ou a AYR (All Year Round), nos Estados Unidos, só fazem a "boa" T-shirt, a camisa "perfeita", a camisola de lã "justa", etc. Esta visão risonha de uma forma de "decrescimento" relativo (o objetivo continua a ser consumir, mas cometendo menos erros) seduz toda uma geração criada a fast fashion. E que raia agora a overdose, depois de muitos acessos de binge shopping… Até as marcas mais populares aderem, como a Promod, que oferece este inverno uma coleção de "Dez Essenciais" impressionantes, entre os quais um casaco de homem creme, de corte impecável e em fazenda de lã italiana, que é o pequeno segredo do início deste inverno (€129,95).
Todavia, entre as marcas "Essencial" ou "Desinteressante de Morte", a margem é fluida para o comum dos mortais. E comprar as vigésimas terceiras calças pretas não constitui um progresso no caminho para a contenção… Eis o modo de emprego das peças de vestuário que são nossas "amigas para a vida" (mesmo que tenhamos várias, felizmente!).